Energia limpa traz oportunidade única por reindustrialização
20/03/2023 - 08:07h
Brasil já é um dos maiores produtores de energia limpa, e a tendência é que essa posição de lideranças se consolide.
O Brasil é o país mais qualificado para receber cada vez mais dois tipos de investidores. Aqueles que investem diretamente em produção e geração de energia limpa e os que estão procurando países com estabilidade política e regulatória, com mercado, e onde a maior parcela da matriz energética é composta de energia limpa, para implantar e transplantar suas fábricas.
No movimento da transição energética, a tendência é que mercadorias, tanto as agrícolas quanto as industriais, e serviços produzidos com energia limpa terão maior valor de mercado. Enquanto a Europa está se desindustrializando, o Brasil pode usar o fato de ser um grande produtor de energia limpa para se reindustrializar.
No segmento de transporte somos pioneiros na produção de etanol, que tem como matéria-prima a cana-de-açúcar, o que nos faz ter o melhor etanol do mundo sob o ponto de vista de emissões. Somos o segundo maior produtor atrás dos Estados Unidos, que produz etanol de milho, não tão bom do ponto de vista ambiental.
Estamos cada vez mais implantando novas tecnologias que trarão aumento de produtividade. Também, somos produtores de biodiesel, hoje já misturado num porcentual de 10% com um cronograma de aumento da mistura.
Na geração de energia elétrica, o menu que temos a oferecer é grande e diversificado Foto Honda Divulgação
Ainda possuímos um grande potencial como produtores de biogás e de gás natural, que poderão substituir o diesel em veículos pesados, ajudando a descarbonizar mais ainda o segmento de transporte.
Na geração de energia elétrica, o menu que temos a oferecer é grande e diversificado. Temos a energia eólica e solar, biomassa, hidrelétricas, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), biogás e gás natural para trazer confiabilidade ao sistema, atuando como uma espécie de bateria para as fontes renováveis intermitentes.
Hoje já geramos com fontes renováveis 78,1% da nossa matriz elétrica, e o potencial de crescimento de todas essas fontes primárias de energia é muito grande. Em 2022, ajudados por um período de chuvas favorável, 92% de toda a eletricidade no Sistema Interligado Nacional (SIN) veio de usinas hidrelétricas, eólicas e solares e biomassa. É o maior porcentual dos últimos dez anos. A próxima energia que consolidará o Brasil como destaque mundial de produção de energia limpa será o hidrogênio.
O Brasil já é um dos maiores produtores de energia limpa, e a tendência é que essa posição de liderança se consolide, podendo transformar o País num grande exportador dessa energia. A pandemia e a guerra da Rússia/Ucrânia trouxeram uma nova geopolítica da energia e uma nova geoeconomia, gerando uma enorme janela para a atração de investidores, nesse novo ciclo pelo qual vai passar a economia mundial. Não podemos deixar escapar essa oportunidade que está batendo a nossa porta (Adriano Pires é diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura – CBIE; O Estado de S.Paulo, 18/3/23)
Fonte: Brasilagro
Brasil já é um dos maiores produtores de energia limpa, e a tendência é que essa posição de lideranças se consolide.O Brasil é o país mais qualificado para receber cada vez mais dois tipos de investidores. Aqueles que investem diretamente em produção e geração de energia limpa e os que estão procurando países com estabilidade política e regulatória, com mercado, e onde a maior parcela da matriz energética é composta de energia limpa, para implantar e transplantar suas fábricas.
No movimento da transição energética, a tendência é que mercadorias, tanto as agrícolas quanto as industriais, e serviços produzidos com energia limpa terão maior valor de mercado. Enquanto a Europa está se desindustrializando, o Brasil pode usar o fato de ser um grande produtor de energia limpa para se reindustrializar.
No segmento de transporte somos pioneiros na produção de etanol, que tem como matéria-prima a cana-de-açúcar, o que nos faz ter o melhor etanol do mundo sob o ponto de vista de emissões. Somos o segundo maior produtor atrás dos Estados Unidos, que produz etanol de milho, não tão bom do ponto de vista ambiental.
Estamos cada vez mais implantando novas tecnologias que trarão aumento de produtividade. Também, somos produtores de biodiesel, hoje já misturado num porcentual de 10% com um cronograma de aumento da mistura.
Na geração de energia elétrica, o menu que temos a oferecer é grande e diversificado Foto Honda Divulgação
Ainda possuímos um grande potencial como produtores de biogás e de gás natural, que poderão substituir o diesel em veículos pesados, ajudando a descarbonizar mais ainda o segmento de transporte.
Na geração de energia elétrica, o menu que temos a oferecer é grande e diversificado. Temos a energia eólica e solar, biomassa, hidrelétricas, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), biogás e gás natural para trazer confiabilidade ao sistema, atuando como uma espécie de bateria para as fontes renováveis intermitentes.
Hoje já geramos com fontes renováveis 78,1% da nossa matriz elétrica, e o potencial de crescimento de todas essas fontes primárias de energia é muito grande. Em 2022, ajudados por um período de chuvas favorável, 92% de toda a eletricidade no Sistema Interligado Nacional (SIN) veio de usinas hidrelétricas, eólicas e solares e biomassa. É o maior porcentual dos últimos dez anos. A próxima energia que consolidará o Brasil como destaque mundial de produção de energia limpa será o hidrogênio.
O Brasil já é um dos maiores produtores de energia limpa, e a tendência é que essa posição de liderança se consolide, podendo transformar o País num grande exportador dessa energia. A pandemia e a guerra da Rússia/Ucrânia trouxeram uma nova geopolítica da energia e uma nova geoeconomia, gerando uma enorme janela para a atração de investidores, nesse novo ciclo pelo qual vai passar a economia mundial. Não podemos deixar escapar essa oportunidade que está batendo a nossa porta (Adriano Pires é diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura – CBIE; O Estado de S.Paulo, 18/3/23)
Fonte: Brasilagro