CNPE aprova mistura de 12% de biodiesel para abril, indo para 13% no ano que vem
20/03/2023 - 08:05h
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu colocar um ponto final em quase dois anos de redução da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, normalizando os percentuais adotados no país. O retorno à normalidade, entretanto, será mais lento do que o setor produtivo imaginava.
A retomada na mistura do biodiesel foi o assunto mais importante da pauta da primeira reunião do colegiado do novo governo, que aconteceu na manhã de hoje, 17, na sede do Ministério de Minas e Energia (MME). O tema era considerado tão relevante pelo Planalto que o presidente Lula participou pessoalmente da reunião.
Como já vinha sendo especulado pelo setor de biodiesel, a retomada da mistura obrigatória não acontecerá toda de uma vez. A partir de abril, o percentual vai avançar dos atuais 10% para 12%. Depois disso, a mistura de biodiesel vai progredir da seguinte forma: 13% em 2024; 14% em 2025; e 15% em 2026.
Segundo cálculos do MME, o impacto imediato será de R$ 0,02 por litros nas bombas, com elevações de R$ 0,01/L a cada acréscimo de um ponto percentual.
Este cronograma é mais longo do que os que vinham circulando pelos bastidores. O pleito do setor produtivo era pela adoção de 15% já em março de 2024; além disso, veículos de imprensa chegaram a noticiar que havia uma proposta do Ministério da Fazenda que falava em 15% para março de 2025.
Três anos de atraso
De acordo com o cronograma presente na Resolução 16/2018, do próprio CNPE, a adoção da mistura de 15% já deveria vigorar no mercado brasileiro desde o começo deste mês. Assim, pelo cronograma votado hoje, o percentual chegará com três anos de atraso ante às expectativas do setor.
O avanço na mistura foi postergado por uma série de decisões tomadas pelo governo anterior, em tentativas de conter a alta nos preços do óleo diesel. A primeira redução do percentual obrigatório foi anunciada em abril de 2021 e, desde então, os aumentos foram prorrogados.
Segundo dados da ANP, a redução da mistura em 2022 custou às usinas 2,38 bilhões de litros em demanda e, aproximadamente, R$ 15,2 bilhões em faturamento.
Fonte: novacana
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu colocar um ponto final em quase dois anos de redução da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, normalizando os percentuais adotados no país. O retorno à normalidade, entretanto, será mais lento do que o setor produtivo imaginava.A retomada na mistura do biodiesel foi o assunto mais importante da pauta da primeira reunião do colegiado do novo governo, que aconteceu na manhã de hoje, 17, na sede do Ministério de Minas e Energia (MME). O tema era considerado tão relevante pelo Planalto que o presidente Lula participou pessoalmente da reunião.
Como já vinha sendo especulado pelo setor de biodiesel, a retomada da mistura obrigatória não acontecerá toda de uma vez. A partir de abril, o percentual vai avançar dos atuais 10% para 12%. Depois disso, a mistura de biodiesel vai progredir da seguinte forma: 13% em 2024; 14% em 2025; e 15% em 2026.
Segundo cálculos do MME, o impacto imediato será de R$ 0,02 por litros nas bombas, com elevações de R$ 0,01/L a cada acréscimo de um ponto percentual.
Este cronograma é mais longo do que os que vinham circulando pelos bastidores. O pleito do setor produtivo era pela adoção de 15% já em março de 2024; além disso, veículos de imprensa chegaram a noticiar que havia uma proposta do Ministério da Fazenda que falava em 15% para março de 2025.
Três anos de atrasoDe acordo com o cronograma presente na Resolução 16/2018, do próprio CNPE, a adoção da mistura de 15% já deveria vigorar no mercado brasileiro desde o começo deste mês. Assim, pelo cronograma votado hoje, o percentual chegará com três anos de atraso ante às expectativas do setor.
O avanço na mistura foi postergado por uma série de decisões tomadas pelo governo anterior, em tentativas de conter a alta nos preços do óleo diesel. A primeira redução do percentual obrigatório foi anunciada em abril de 2021 e, desde então, os aumentos foram prorrogados.
Segundo dados da ANP, a redução da mistura em 2022 custou às usinas 2,38 bilhões de litros em demanda e, aproximadamente, R$ 15,2 bilhões em faturamento.
Fonte: novacana